PSICOPEDAGOGIA
CLÍNICA ORIENTAÇÃO PARA PARA CLINICAR 01
ANAMNESE
Ela
está inserida na prática psicopedagógica como instrumento levantador de
informações relevantes e necessárias para consecução das hipóteses
diagnósticas. Através dela, o psicopedagogo terá uma ampla observação dos fatos
quotidianos da história do aprendente segundo seu(s) familiar(es).
Ainda,
assim, destacam-se inúmeras possibilidades da anamnese fornecer à clínica informações que vêm
tanto de familiares, acompanhantes, escola, colegas, enfim, um conjunto de
situações que investigadas vão proporcionar ao psicopedagogo a compreensão da
dinâmica grupal e como essas relações contribuem ou não para manter os sintomas
decorrentes dos obstáculos de aprendizagem.
ELABORAÇÃO DA FICHA DE ANAMNESE
Entrevista com o professor;
Entrevista com a mãe;
Criança
de 05 a 10 anos é o ideal.
Na
linha da Epistemologia Convergente, Visca nos informa que o diagnóstico começa com a
consulta inicial (dos pais ou do próprio paciente) e encerra com a devolução.
Antes
de se iniciar as sessões com o sujeito faz-se uma entrevista contratual com a
mãe e/ou o pai e/ou responsável, objetivando colher informações como:
IDENTIFICAÇÃO DA CRIANÇA: nome, filiação, data
de nascimento, endereço, nome da pessoa que cuida da criança, escola que
frequenta, série, turma, horário, nome da professora, irmãos, escolaridades dos
irmãos, idade dos irmãos.
Motivo da consulta;
Procura do Psicopedagogo: indicação;
Atendimento anterior;
Expectativa da família e da criança;
Esclarecimento sobre o trabalho
psicopedagógico.
Definição de local, data e horário para a
realização das sessões e honorários.
ORIENTAÇÃO COM:
Organização da caixa lúdica;
Caixa eoca;
Pasta de trabalho.
Para
Visca, a
EOCA deverá ser um instrumento simples, porém rico em seus resultados. Consiste
em solicitar ao sujeito que mostre ao entrevistador o que ele sabe fazer, o que
lhe ensinaram a fazer e o que aprendeu a fazer, utilizando-se de materiais
dispostos sobre a mesa, após a seguinte observação do entrevistador: “este
material é para que você o use se precisar para mostrar-me o que te falei que
queria saber de você” (VISCA, 1987, p. 72).
O entrevistador poderá apresentar vários materiais tais como: folhas de ofício tamanho A4, borracha, caneta, tesoura, régua, livros ou revistas, barbantes, cola, lápis, massa de modelar, lápis de cor, lápis de cera, quebra-cabeça ou ainda outros materiais que julgar necessários
É da
EOCA que o psicopedagogo extrairá o 1º Sistema de hipóteses e definirá sua
linha de pesquisa. Logo após são selecionadas as provas piagetianas
para o diagnóstico operatório, as provas projetivas psicopedagógicas e outros
instrumentos de pesquisa complementares.
ANALISE
DAS PROVAS
PROJETIVAS/GRAFISMO;
ANALISE DAS DEMAIS PROVAS;
DISCURSÕES;/ESCLARECIMENTOS GERAIS;
INTERPRETAÇÕES.
Observação pesquisar sobre grafismo em: http://artes-ae.blogspot.com/2010/09/etapas-do-grafismo-infantil.html
Observação pesquisar sobre as provas pré-operatotias: http://www.psicopedagogiabrasil.com.br/provas_operatoriasfotos.htm
A
aplicação das provas operatórias tem como objetivo determinar o nível de
pensamento do sujeito realizando uma análise quantitativa, e reconhecer a
diferenças funcionais realizando um estudo predominantemente qualitativo.
As
provas operatórias têm como objetivo principal determinar o grau de aquisição
de algumas noções-chave do desenvolvimento cognitivo, detectando o nível de
pensamento alcançado pela criança, ou seja, o nível de estrutura cognoscitiva
com que opera. Ela ainda nos alerta que não se deve
aplicar várias provas de conservação em uma mesma sessão, para se evitar a
contaminação da forma de resposta. Observa
que o psicopedagogo deverá fazer registros detalhados dos procedimentos da
criança, observando e anotando suas falas, atitude, soluções que dá às questões, seus argumentos e juízos, como
arruma o material. Isto será fundamental para a interpretação das condutas.
Para
a avaliação as respostas são divididas em três níveis:
Nível
1: Não há conservação, o
sujeito não atinge o nível operatório nesse domínio.
Nível
2 ou intermediário: As
respostas apresentam oscilações, instabilidade ou não são completas. Em um
momento conservam, em outro não.
Nível
3: As respostas
demonstram aquisição da noção sem vacilação.
Pode
ocorrer que o paciente não obtenha êxito em apenas uma prova, quando todo o
conjunto sugere a sua possibilidade de êxito.
Se a
mãe não permite que a criança faça as coisas por si só, não permite também que
haja o equilíbrio entre assimilação e acomodação.
Alguns
pais retardam este desenvolvimento privando a criança de, por exemplo, comer
sozinha para não se lambuzar, tirar as fraldas para não se sujar e não urinar
na casa, é o chamado de hipoassimilação (PAÍN, 1992), ou seja, os esquemas de
objeto permanecem empobrecidos, bem como a capacidade de coordená-los.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
aprenda aqui, psicopedagogia,dificuldades de aprendizagem